Festim Barroco (para Museu Victoria & Albert), 2012
Tapeçaria, espelhos, esculturas e texto
“No palácio barroco, o rei comia cerimonialmente em público e com a presença da corte. Comer era uma ocasião especial em que cada detalhe proclamava o poder e a riqueza do anfitrião. As mesas estavam decoradas com esculturas elaboradas em linho ou açúcar fundido, e o buffet exibia pilhas enormes de pratos e vasos de prata. O desenvolvimento do conceitos de civilidade e de decoro, e a introdução pela corte francesa de novos tipos de comida levaram à invenção de novos utensílios de mesa: terrinas de sopa, refrigeradores de vinho, pratos para saladas e frutas, conjuntos para condimentos e molhos, faca, garfo e colher no mesmo estilo.” (Extraído do site: http://www.vam.ac.uk/content/articles/b/baroque-palaces/)
Enlightenment (para Graham Harman e o British Museum), 2012
Mobiliário alugado, pintura sob encomenda, objeto e texto
“Os objetos, ao contrário dos humanos, sabem e aceitam que devem virar pó. Pois, embora os humanos possam teoricamente aceitar que eventualmente se tornarão alimento para os vermes, eles sempre resistem ao inevitável deslize final para a matéria indiferenciada, e seguem impondo ordem, procurando ʽentenderʼ seu ambiente. Nesse processo de entendimento, eles acreditam que de alguma forma se aproximarão dos objetos que isolaram. Eles não percebem que, de fato, se afastam ainda mais das coisas que aspiram ou pretendem entender. O acumulador, em contraste — e eu me incluo nesse grupo taxonômico — trabalha com um princípio mais difuso, que não é marcado, como Caim, pelo desejo de dominar com o conhecimento. Eu sou o assaltante de conteiners, o catador de lixo, o caçador de mercados de pulgas. Eu opero, pode-se dizer, de uma maneira inconseqüente e não sequencial. Reconheço que os bens de consumo duráveis de hoje são a poeira de amanhã. Contanto que escapem da atenção de colecionadores e conservadores e de pessoas que tentam salvá-los de si mesmos, telefones e televisões, salas de estar e cozinhas equipadas, gatos mortos e aquários vazios são livres para aderir ao grande fluxo da decomposição e desintegração.” (Tim Weston, 2012. Texto sob encomenda)